Dispositivo lançado pela Gador do Brasil é uma inovação na aplicação de crioterapia.
Cold Mouth promove alívio da inflamação e da dor provocada pela mucosite oral
Chega ao Brasil neste mês o Cold Mouth, primeiro dispositivo intraoral para prevenção e tratamento da mucosite oral, inflamação da parte interna da boca e da garganta, muitas vezes associada à quimioterapia ou radioterapia de cabeça e pescoço.
Produzido nos Estados Unidos e distribuído para todo o país pela Gador do Brasil, com venda livre, o dispositivo traz mais conforto na aplicação de técnicas de crioterapia, ou seja, de resfriamento, permitindo o alívio da inflamação e da dor provocada pela mucosite oral, em pacientes com câncer.
Estudos clínicos realizados com indivíduos submetidos a tratamentos quimioterápicos e radioterápicos ao longo dos últimos anos evidenciam os benefícios da crioterapia oral na diminuição da incidência e da gravidade da mucosite oral. Para obter resultados satisfatórios, associações internacionais como a National Comprehensive Cancer Network, a Multinational Association of Supportive Care in Cancer e a Oncology Nursing Society sugerem o uso da crioterapia por 20 a 30 minutos em pacientes durante a infusão de agentes mucotóxicos.
O Cold Mouth é uma inovação que alia praticidade e eficiência na realização desse processo terapêutico. De uso individual, o dispositivo é composto por duas câmaras de água. Enquanto a interna tem água potável, congela e fica sólida; a externa, à base de água salinizada, permanece com o líquido gelado e maleável.
Exames termográficos em pacientes que utilizaram o dispositivo apresentaram uma redução da temperatura da cavidade oral para, em média, 0,38ºC negativos por mais de 30 minutos e de maneira uniforme. Esse esfriamento provoca a vasoconstrição em níveis suficientes para reduzir a ação dos agentes terapêuticos nas células da mucosa, atuando, assim, na prevenção da mucosite oral.
“A mucosite é um dos efeitos adversos mais comuns da quimioterapia e da radioterapia. E sabemos o quanto a dor associada à essa inflamação impacta no cotidiano do paciente, que pode ter dificuldades para comer, beber, dormir, manter uma nutrição adequada e até falar. Com mais um lançamento da nossa linha Bem-Estar, queremos contribuir para que os pacientes oncológicos tenham mais qualidade de vida e deem continuidade aos seus tratamentos”, afirma Paulo Bettoni, CEO da Gador do Brasil.
Com validade de mais de um ano depois de aberto, o dispositivo pode ser utilizado várias vezes ao dia para minimizar a dor e a inflamação, inclusive por pacientes com dentes sensíveis. Isso porque ele é feito de silicone macio, o que reduz o desconforto da crioterapia quando comparado ao uso do gelo tradicional.
O Cold Mouth é um produto aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) e pela European Medicines Agency (EMA), agências que são referência no controle e supervisão da segurança de medicamentos e de dispositivos médicos.
Sobre a Gador
No Brasil desde 2017, a Gador é uma empresa farmacêutica multinacional fundada em 1940, na Argentina. Com sede em Buenos Aires, está presente em mais de 50 países e possui 900 produtos registrados. Iniciou suas atividades no mercado brasileiro com o lançamento de produtos oncológicos e, posteriormente, com a LINHA BEM ESTAR, dirigida ao paciente oncológico.
Entenda o que é a Mucosite e alguns cuidados básicos!
A mucosite oral é uma das intercorrências mais frequentes e debilitantes em pacientes com câncer submetidos à quimioterapia e radioterapia. Trata-se de uma inflamação da mucosa bucal, com formação de pseudomembrana e fonte potencial de infecções com risco de morte.
Segundo o Dr. Paulo Figueiredo, professor associado de Estomatologia da Universidade de Brasília e coordenador da Residência Multiprofissional em Odontologia e Atenção Oncológica do Hospital Universitário de Brasília, a mucosite decorre de dois fatores – a toxicidade causada pela aplicação dos tratamentos e a chamada mielossupressão, quando a atividade da medula óssea é diminuída.
“Tanto a quimio como a radioterapia comprometem a renovação da célula nas camadas mais profundas do epitélio, o que facilita a descamação da pele”, ressalta.
Quando ela ocorre?
De acordo com a maioria dos estudos, a mucosite ocorre em até 80% dos pacientes que recebem quimioterapia em altas doses, em até 100% dos que passam por tratamento de radioterapia para tumores de cabeça e pescoço, e aproximadamente 20-40% nos casos de quimioterapia convencional. “Tais complicações podem prolongar a hospitalização e diminuir a qualidade de vida do paciente. Em alguns casos pode haver até a interrupção completa do tratamento”, explica o professor.
Quais os impactos que causa no paciente?
Clinicamente, a mucosite pode se apresentar como um eritema (vermelhidão), ardência bucal e lesões ulcerativas, às vezes com sangramento. Ela afeta principalmente os lábios, língua, mucosas, gengivas e garganta e interfere na qualidade da saliva e da voz, gerando dor, dificuldade em deglutir (disfagia) e incapacidade de se alimentar.
Como tratar e amenizar o problema?
Em 2014, a Associação Multinacional de Cuidados de Suporte ao Câncer e a Sociedade Internacional de Oncologia Oral publicaram diretrizes de prática clínica baseadas em evidências para a mucosite. Os métodos de tratamento foram categorizados em sete grupos:
1 – Cuidados bucais básicos
2 – Fatores de crescimento e citocinas
3 – Agentes anti-inflamatórios
4 – Antimicrobianos, agentes de revestimento, anestésicos e analgésicos
5 – Laser e outra terapia de luz
6 – Crioterapia
7 – Agentes naturais e diversos
Prevenção e tratamento com crioterapia
A prevenção da mucosite oral com a crioterapia é feita usando, por exemplo, lascas de gelo, gelo picado, picolé ou pela realização de bochechos com água gelada na cavidade oral durante a administração dos quimioterápicos.
A técnica é utilizada no Cold Mouth, primeiro dispositivo intraoral para prevenção e tratamento da mucosite, produzido nos Estados Unidos e distribuído para todo o país pela Gador do Brasil. Com venda livre, o produto traz mais conforto na aplicação de técnicas de crioterapia, permitindo o alívio da inflamação e da dor.
Exames termográficos em pacientes que utilizaram o dispositivo apresentaram uma redução da temperatura da cavidade oral para, em média, 0,38ºC negativos por mais de 30 minutos e de maneira uniforme. “A diminuição da temperatura da mucosa oral reduz a circulação do fármaco na região. Dessa forma, impede que o agente quimioterápico chegue aos tecidos bucais em grandes quantidades”, explica a dentista Nisley Tocchio, que está desenvolvendo um projeto de pesquisa de mestrado com o Could Mouth.